segunda-feira, 7 de junho de 2010

Greve em Curitiba pode afetar abastecimento de água

A população de Curitiba (PR) pode ter o abastecimento de água e o tratamento de esgoto comprometidos a partir da próxima segunda-feira, devido à greve dos trabalhadores das estações de Tratamento de Água e Esgoto e do Centro de Controle Operacional da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) na capital e região metropolitana.
Segundo o presidente do Sindicato dos Químicos de Curitiba (Siquim), Elton Marafigo, com a greve, apenas 30% atuarão para manter um serviço básico à sociedade, mas, mesmo assim, a população pode sofrer com a falta de água e de tratamento de esgoto.
"Os profissionais que vão ficar trabalhando podem não dar conta da grande demanda, pois a cada segundo são 3 mil litros de água que passam pela estação. Nesse volume, eles têm que fazer as análises e os tratamentos para atender à Portaria 18 do Ministério da Saúde", afirmou. O sindicalista disse ainda que teme que os profissionais sofram com a sobrecarga e que a população fique sem água, o que não é o desejo da categoria. "Já tentamos negociar de várias formas com a Sanepar, mas está bem difícil de a empresa querer encaminhar uma solução para o problema", disse.
Segundo o sindicato da categoria, há quatro reivindicações. A primeira é a indenização das horas suprimidas - até setembro de 2009, os funcionários trabalhavam oito horas por dia e recebiam horas extras, que representavam quase 40% do salário. Com a mudança para seis horas diárias, eles deixaram de receber cerca de R$ 500, que complementavam a renda, e não foram indenizados, como manda a legislação trabalhista.
A segunda reivindicação é o adicional de turno, um valor pago a mais referente à mudança semanal de turno. "Toda semana, eles trabalham em turnos diferentes, o que causa alteração no relógio biológico e transtornos na vida social e familiar dos trabalhadores", diz o sindicato.
Outra reivindicação é o fornecimento de transporte pela empresa nos horários em que não há ônibus público, especialmente entre 0h e 6h. Por último, os trabalhadores exigem uma escala humana de trabalho, que atenda às necessidades da empresa e dos funcionários.
A proposta da Sanepar, já reprovada pelos trabalhadores, atende apenas a uma reivindicação, a do transporte. A empresa propôs pagar R$ 0,51 por km rodado. Os líderes sindicais alegam que a medida só favorece quem tem carro e que os demais ficariam sem opção para ir ao trabalho

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